sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O que vale Ricardo Moura (Leixões) ?


Em terra do Mar, pode estar uma das revelações...

Começou a época em Portugal com as fases iniciais da Taça da Liga, e no meio de tão (pouca) divulgação do que aconteceu, apenas muitos sabem que existiram heróis nos penaltys. Isto sobre os guarda-redes, mas aconteceu algo mais.

Segundo relatos trazidos por diversas fontes que estiveram em Mafra, podemos chegar a uma conclusão que já se previa desde o final da época passada: Ricardo Moura tem de ter os holofotes virados para si, porque efectivamente merece. Ele foi a garantia que o Leixões passava à próxima fase, e até os adeptos do Mafra aplaudiram o guardião adversário no final. E isto já é algo digno de destaque, mas vamos mais além...

Não sabemos o que elogiar mais este guardião. Se o sentido de comunicação, sempre assertivo e exemplar, se o seu jogo de pés onde coloca a bola onde quer, se a agilidade ou a velocidade de reacção. Ele cada vez mais aparenta ser dos mais completos da 2ºLiga, numa liga onde os guardiões são de qualidade reconhecida. Certo é que quando Chastre desvinculou-se do clube, muitos chegaram a pedir um reforço de peso para lhe substituir. Mal alguns sabiam que o reforço era o suplente, que na altura que não era o titular, apenas jogava nas Taças. E que suplente...

Um valor a acompanhar nesta 2ºliga portuguesa!



terça-feira, 4 de agosto de 2015

Os Loucos persistem! - De Sanctis

Os loucos persistem!

Vivemos numa Era tão padronizada, que nos lembramos de quem é diferente. A nossa memória relembra-se de momentos em que presenciamos algo que pode ser banal, mas por marcar a tal diferença se torna único. Uma simples saída que vemos até na distrital mas que feita por Neuer é levada ao limite dos deuses, ou até mesmo um guarda-redes a berrar com o seu central. Sobre a segunda, é o que sinto quando vejo De Sanctis em campo e que não vejo os mais novos a fazer, salvo rarissimas excepções.

A dita “velha guarda” está em cada movimento e gesto. Ele entra em campo e faz três marcas no relvado. Duas paralelas aos postes e uma a marcar o meio da baliza. Assim não se perde - ainda bem que não joga em sintéticos – e os adeptos insultam-no por estar a estragar o relvado. Mas ele também não quer saber. Claro que não quer saber, é louco...



Lembro-me dele desde os tempos na Udinese. Aquilo é que era alguém que parecia imbativel em jogos decisivos. Podia vacilar nos mais acessiveis, mas naqueles que viamos exporádicamente, ele brilhava e era o elemento chave do sucesso da equipa. E nesta renovada Roma não é excepção. Com um sentido de comunicação incrivel, ele não só orienta a defesa como está em constante contacto com o seu treinador de guarda-redes, seja antes de bater um pontapé de baliza, seja quando acaba de fazer uma defesa. É igual, é o elemento que ele procura sempre contactar. Aos 38 anos, e a acabar a carreira, é sempre um prazer ver este senhor em campo. É sempre bom presenciarmos um louco...


São estas “personagens” carismáticas que procuramos num jogo que além de mover multidões e muita emoção, é um entretenimento. Mesmo que o jogo esteja na maior monotonia, são estes jogadores que desbloqueiam o adepto. É o típico guarda-redes que ninguém gosta. Os seus adeptos não gostam por exagerar nos comentários e na postura de “rebelde” e os adversários por acharem que é problemático. Não é, um louco é apenas... um louco, e que bom é vê-los a persistir!

- A Última Barreira